"Amanheceu chuvoso. Era um dia especialmente triste, mas ainda assim a visão muito lhe agradava. Entreolhando pela janela, deixava o pensamento correr livre, de sorte a captar a essência dos sentimentos que sentia.... Aparentemente, ele sabia e fazia crer que, mesmo ciente de que sua decisão fora bem discernida e previsível, as consequências delas lhe abria um horizonte enorme de impressivibilidades.
Não que isso lhe fizesse mal, mesmo porque a vida que tomara, até então, o treinou para que soubesse sempre não ter necessidade de seguranças. Mas, agora, era sua própria natureza que mudava... era sua condição... os traços da personalidade que julgara serem seus durante todo esse tempo.
Enquanto vagava o olhar, enxergou ao longe um jovem casal, aparentemente feliz, a correr e brincar na chuva... fixou a visão: aquela imagem lhe penetrou a alma... para o seu infortúnio, algumas lágrimas insistiram em marejar a vista... um aperto no peito... ficou apavorado ao descobrir que agora seu desafio era encontrar o local onde possa residir sua felicidade. Aliás, o que era a felicidade? Se inquietava tanto por não conseguir conceituar.
Gastando tempo na reflexão, descartou a possibilidade de que a felicidade fosse a utopia que outrora pensava fosse. Descobrira que ela não era uma coisa que se alcança simplesmente, nem uma pessoa com quem se associa, sem uma fugaz experiência... era apenas uma decisão".
#LiberdadeCriativa
#BrincandodeEscrever
#UmCaraChamadoPH
( Tirado da página de Diêgo Melo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário